1. |
O que acontecia?
03:33
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Havia cães na calçada
e gente por todo lado
o que acontecia?
não sei, não estou interessado
O trem passa as onze
e já perdi a estrada
a estrada que incendeia
o acidente que esbrava
E no horizonte o alarme
de que trouxe no passeio
aonde eu chego nessas horas
vou além do aprochego
E não a vejo nem de longe
nem a trago na calçada
mas gostaria de ir vê-la
é, mas gostaria de ir vê-la
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2. |
Sem
02:30
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Frases sem sentido
Caneta sem papel
E a janela sem vidro
E os alquimistas no bordel
Casas sem parede
Pensamentos sem atitude
É corrida contra o vento
O terreno e o documento
Casais sem paixão
Inimigos sem ação
E o relógio não tem tempo
E as palavras não tem razão
Árvore sem fruto
Telhas soltas cheias de furos
E o bosque não está úmido
Vejam as crianças no cassino
Música sem som
O horror sem dor
O pulmão sem ar
Mostre-me do que sou capaz
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3. |
Outono
04:49
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Caminhei pelo Outono
Buscando o que me faltava
E como já dizia o poeta
Não nos falta, nem nos pesa
Conheci muita gente
Gente boa e gente crente
No ruido que ecoa
Mais um passo para frente
No mar, conheci um pescador
Gente simples, sem rancor
E com a distância vi crescendo
E a falta murmurando
Vou ficar
Vou mudar
Vou estar
E quero foto dos vinhedos
Sem coleção de desaforos
E encontrei algumas belas
Que acompanharam por um tanto
Mas por amor ou desencanto
Segui só pelo Outono
Mas por amor ou desencanto
Fui levado ao encontro
Vou ficar
Vou mudar
Vou estar
Ao final, olhei para trás
Vi caminhos, vi pegadas
Vi pessoas, vi chamadas
Só não encontrei o que faltava
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4. |
Se gostarmos daqui
02:20
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A tarde é um pouco fria
Aos poucos todos vão chegando
Será hoje o dia?
Quem está chamando?
Uns viajam, outros jantam
Uns flutuam, outros vão cantando
Uns nascem e aqueles já dançam
E olho só todo esse arranjo
Ainda não sei o que passa
Mas algo passará
Não deixo de falar contigo
Porque gostamos do mesmo mar
Não sei como chegar lá
Não tenho dinheiro pra ir
E nem o barco pra remar, ah, ah
Mas se gostarmos daqui
Então podemos ficar
Mas se gostarmos daqui
Então podemos ficar
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5. |
Pedaços recortados
03:33
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E saí as onze
Mais um dia pra pensar o novo
O tempo vai indo
E as tardes chegando
Já não sei se acredito, não, não
Por que sempre o jogo?
De tantas corridas
E pouco decoro
Caminhei no trabalho
Recortei os pedaços
Nas imagens ao fundo
No silêncio de todos
E o que você disse?
E pra onde foi?
Já não me atiro, não, não
É o rio que corre e não quer mais descer
É o rio que corre e não vai mais descer
Caminhei no trabalho
Recortei os pedaços
Nas imagens ao fundo
No silêncio de todos
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6. |
Horizonte
04:23
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Na sala, no quarto, nas paredes
Não tento, não levo, eu deixo
Não adianta correr
Quando não há o que esperar
Uma cerveja, um café e a estrada ainda longa
Na distância do que ainda pode alcançar
No horizonte cansado
No horizonte cansado
Eu sigo o som
Nas tardes, nos dias e nas noites
Sobre estar só?
Já não sei mais
Sobre não estar só?
Já não sei mais
No horizonte cansado
(Eu vou estar)
No horizonte cansado
(Vai me levar)
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7. |
Mar de grafite
01:11
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Andersonn Prestes Canoas, Brazil
Músico do sul do Brasil. Composições acústicas, com influência de MPB e folk.
Southern Brazil based musician. Essentially acoustic songs, with folk and Brazilian (MPB) influence.
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